A Infertilidade Pode Ser Hereditária? Entenda as Causas Genéticas

Olá! Uma dúvida muito comum e importante para quem busca a gravidez é se a infertilidade pode ter um componente hereditário. É natural essa pergunta, pois a história familiar de saúde sempre nos desperta curiosidade e, por vezes, preocupação. Na SEMEAR fertilidade 💛, queremos esclarecer essa questão com base na ciência.

Embora não seja uma herança tão direta como a cor dos olhos, uma predisposição genética pode, de fato, influenciar a capacidade reprodutiva de uma pessoa. Identificar essa causa é o primeiro passo para encontrar a melhor solução.

A infertilidade de origem genética pode se manifestar de diferentes formas:

1. Alterações Cromossômicas:

Essas são alterações no número ou na estrutura dos cromossomos. Condições como a Síndrome de Turner (em mulheres) ou a Síndrome de Klinefelter (em homens) são causas genéticas conhecidas de infertilidade.

Mais comumente, encontramos casos de translocações cromossômicas balanceadas. Nestas situações, os pais são saudáveis e não apresentam sintomas, mas possuem uma alteração na estrutura de seus cromossomos que, ao ser transmitida de forma desbalanceada aos embriões, pode resultar em falhas de implantação ou perdas gestacionais recorrentes.

2. Mutações em Genes Específicos:

A infertilidade também pode ser causada por mutações em genes específicos, que causam problemas na formação ou no funcionamento do sistema reprodutor:

• Em homens: Mutações no gene da fibrose cística podem causar a ausência dos canais deferentes (que transportam os espermatozoides), levando à azoospermia obstrutiva. Além disso, microdeleções (perdas de pequenos pedaços) no cromossomo Y podem levar a uma produção muito baixa ou ausente de espermatozoides.

  
  

• Em mulheres: A insuficiência ovariana prematura (o esgotamento dos óvulos antes dos 40 anos) também pode estar associada a mutações genéticas específicas, que causam a falência precoce dos ovários.

  
  

3. Predisposição a Doenças que Afetam a Fertilidade:

Algumas condições que afetam a fertilidade, como a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e a endometriose, frequentemente apresentam um forte componente familiar, indicando uma predisposição genética para o seu desenvolvimento.

O Diagnóstico Genético: Um Caminho para a Solução

É muito importante destacar que a identificação de um fator genético não significa que o sonho de ter um filho seja inalcançável. Pelo contrário! O diagnóstico correto permite que a medicina reprodutiva ofereça as melhores ferramentas para superar essas barreiras e aumentar as chances de sucesso.

Por exemplo, em casos de translocações cromossômicas nos pais, podemos utilizar o PGT-SR (Teste Genético Pré-Implantacional para Rearranjos Estruturais) para selecionar embriões que não tenham a alteração desbalanceada.

Na SEMEAR fertilidade 💛, nosso compromisso é com a investigação completa e o aconselhamento genético para que você e seu parceiro entendam todas as opções e tracem um plano de tratamento personalizado e com as maiores chances de sucesso.