Infertilidade e Tireoidite de Hashimoto: Qual a Relação? Entenda na SEMEAR fertilidade
- SEMEAR fertilidade
- 3 de jul.
- 2 min de leitura
Olá! Em sua jornada para a parentalidade, é comum que diversas questões de saúde venham à tona, e algumas delas, à primeira vista, podem não parecer diretamente ligadas à fertilidade. Uma dessas condições é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que afeta a tireoide e que, em alguns casos, pode estar associada a desafios para engravidar. Na SEMEAR fertilidade 💛, queremos esclarecer essa relação.
A Tireoidite de Hashimoto é uma condição onde o próprio sistema imunológico do corpo ataca a glândula tireoide, confundindo-a com um invasor. Com o tempo, isso pode comprometer a capacidade da tireoide de produzir hormônios essenciais, levando ao hipotireoidismo.

A Relação Direta: Hipotireoidismo e a Ovulação
Pensamos que o principal impacto da Tireoidite de Hashimoto na fertilidade está diretamente relacionado ao hipotireoidismo, ou seja, a produção insuficiente de hormônios tireoidianos (T3 e T4). Esses hormônios desempenham um papel vital em quase todas as funções do corpo, incluindo o ciclo reprodutivo feminino.
Níveis inadequados de hormônios tireoidianos podem levar a:
Disfunções ovulatórias: Afetam a regularidade e a qualidade da ovulação.
Ciclos menstruais irregulares: Menstruações que não ocorrem no período esperado.
Ausência de ovulação (anovulação): Onde o ovário não libera o óvulo mensalmente.
Essas alterações, por sua vez, dificultam naturalmente a concepção. A boa notícia é que, nesses casos, o tratamento é bastante eficaz: a reposição hormonal com levotiroxina é a principal intervenção. Ao normalizar os níveis de TSH (hormônio tireoestimulante), geralmente conseguimos regularizar a função ovulatória e otimizar as chances de gravidez.
Hashimoto em Reprodução Assistida: O Papel dos Anticorpos
Para as pacientes que já estão realizando procedimentos de reprodução assistida, como a Fertilização in Vitro (FIV), a discussão pode se aprofundar. Mesmo aquelas com a função tireoidiana perfeitamente normal (em estado de eutireoidismo), mas que possuem anticorpos antitireoidianos positivos (como anti-TPO ou anti-Tg), ainda há um debate científico.
Algumas evidências sugerem uma possível associação entre a presença desses anticorpos e um risco ligeiramente maior de falha de implantação do embrião ou de abortamento. Contudo, é importante ressaltar que, até o momento, as evidências científicas ainda não são robustas o suficiente para recomendar intervenções específicas ou adicionais para a presença desses anticorpos, além da manutenção do eutireoidismo.
Na SEMEAR fertilidade, acreditamos que, na grande maioria dos casos, o controle adequado e rigoroso da função tireoidiana (mantendo os níveis hormonais dentro da normalidade para quem busca engravidar) é o mais importante para otimizar as chances de sucesso do tratamento.

A Importância da Avaliação da Tireoide na Jornada de Fertilidade
Nossa principal sugestão é clara: em qualquer cenário de infertilidade, a função tireoidiana deve ser avaliada de forma completa. Se for diagnosticado hipotireoidismo, é fundamental que o tratamento seja iniciado e os níveis hormonais sejam controlados antes de iniciar a FIV ou qualquer outro tratamento de reprodução assistida.
Essa atenção à saúde da tireoide é um passo importante para garantir que seu corpo esteja nas melhores condições para a gravidez, aumentando suas chances de sucesso. Converse abertamente com seu médico especialista da SEMEAR fertilidade para uma avaliação individualizada e um plano de tratamento que considere todos os aspectos da sua saúde.
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