A reprodução assistida com doação de gametas ou embriões tem ajudado muitas famílias a realizarem o sonho de ter filhos. No entanto, é comum que surjam dúvidas sobre a herança genética nessas situações. Neste artigo, vamos explicar como funciona a transmissão de características genéticas quando são usados óvulos, sêmen ou embriões doados, e o que isso significa para os pais e a criança.
O Que São Óvulos, Sêmen e Embriões Doados?
Os óvulos e o sêmen são os gametas responsáveis por transmitir a carga genética de cada pessoa para a futura criança. Quando esses gametas se unem, formam o embrião, que será responsável pelo desenvolvimento do bebê. A doação de gametas é um processo em que uma terceira pessoa contribui com óvulos ou sêmen, enquanto a doação de embriões ocorre quando um casal que fez tratamento decide doar os embriões excedentes.
Doação de óvulos: Os óvulos são coletados de uma doadora anônima e fertilizados com o sêmen do parceiro da mulher ou um sêmen doador anônimo.
Doação de sêmen: O sêmen de um doador anônimo é utilizado para fertilizar o óvulo da mulher.
Doação de embriões: Os embriões já prontos são doados anonimamente por outro casal e transferidos para o útero da mulher receptora.
Como Funciona a Herança Genética?
Ao usar óvulos ou sêmen doados, a criança herdará a carga genética de quem doou. Isso significa que as características biológicas da criança virão da doadora de óvulos ou do doador de sêmen.
Ao usar óvulos doados, a criança herda 50% da carga genética da doadora e 50% do pai biológico (caso o sêmen do parceiro seja utilizado). A criança não herdará carga genética da mãe.
Ao usar sêmen doado, a criança herda 50% da carga genética da mãe biológica e 50% do doador de sêmen. A criança não herdará carga genética do pai.
Ao usar embriões doados, a criança não herdará carga genética de nenhum dos pais. O embrião transferido para o útero da mulher receptora já contém a carga genética dos doadores do embrião.
É importante reforçar que, apesar da genética, a relação de maternidade ou paternidade não se limita à genética.
A Paternidade e Maternidade Vai Além da Genética
Mesmo que a criança não tenha a carga genética dos pais, isso não diminui o vínculo familiar. Paternidade e maternidade vão muito além da genética e são construídas através do cuidado, afeto, dedicação e amor.
Os pais que estarão ao lado da criança durante seu desenvolvimento, proporcionando segurança, educação e carinho, fatores que são cruciais na construção de uma relação familiar forte.
A Herança Genética na Doação de Gametas e Embriões
A doação de óvulos, sêmen ou embriões é uma prática que permite a muitos casais realizarem o sonho da parentalidade. Apesar da ausência de herança genética direta, o vínculo afetivo e emocional construído com o tempo é o que define verdadeiramente a relação entre pais e filhos.
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