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Gravidez Pós-Tratamento Oncológico: Seu Sonho de Maternidade na SEMEAR fertilidade

  • Foto do escritor: SEMEAR fertilidade
    SEMEAR fertilidade
  • 7 de jul.
  • 3 min de leitura

Olá! Receber um diagnóstico de câncer e passar por um tratamento oncológico é, sem dúvida, uma das jornadas mais desafiadoras da vida. Após essa batalha, o desejo de construir ou expandir a família, de viver a maternidade, é um sonho compreensível e, felizmente, cada vez mais possível. Na SEMEAR fertilidade 💛, estamos aqui para oferecer informação, esperança e um plano de cuidado personalizado.

A abordagem para alcançar a gravidez após o câncer dependerá de diversos fatores, como o tipo de câncer, os tratamentos recebidos (quimioterapia, radioterapia, cirurgia), a sua idade e a sua função reprodutiva atual.


Embriões: Euploide, Mosaico e Aneuploide

O Impacto do Tratamento Oncológico na Fertilidade

A principal preocupação após o tratamento oncológico é o impacto que este pode ter na reserva ovariana (quantidade e qualidade dos óvulos) e na saúde uterina. Muitos tratamentos, especialmente a quimioterapia e a radioterapia pélvica, podem ser gonadotóxicos, ou seja, prejudiciais aos ovários. Isso pode levar a:

  • Diminuição da quantidade de óvulos: Reduzindo a reserva ovariana.

  • Comprometimento da qualidade dos óvulos: Aumentando o risco de danos genéticos.


Estratégias para Otimizar as Chances de Gravidez

Pensando em otimizar as chances de gravidez após o tratamento, existem algumas estratégias que podem ser consideradas, idealmente, antes mesmo do início da terapia oncológica:


1. Preservação da Fertilidade Pré-Tratamento (Oncofertilidade)

A discussão sobre a preservação da fertilidade deve ocorrer, idealmente, antes do início do tratamento oncológico. As opções mais comuns incluem:

  • Congelamento de óvulos (Criopreservação de Oócitos): Consiste na estimulação ovariana controlada para coletar e congelar óvulos maduros. É uma excelente opção para mulheres que ainda não têm um parceiro ou que preferem não congelar embriões.

  • Congelamento de embriões (Criopreservação de Embriões): Após a estimulação ovariana, os óvulos são fertilizados com espermatozoides (do parceiro ou de doador) e os embriões resultantes são congelados. Esta é uma opção com taxas de sucesso comprovadamente elevadas.

  • Congelamento de tecido ovariano: Em casos específicos, principalmente em pacientes pré-púberes (crianças e adolescentes) ou que não podem esperar pela estimulação ovariana, uma porção do tecido ovariano pode ser removida e congelada. No futuro, esse tecido pode ser reimplantado para restaurar a função ovariana e a fertilidade.

  • Supressão ovariana durante a quimioterapia: Em alguns casos, medicamentos podem ser utilizados para "proteger" os ovários durante a quimioterapia, induzindo um estado de menopausa temporária. No entanto, a eficácia desta estratégia em preservar a fertilidade a longo prazo ainda é objeto de pesquisa e não é universalmente comprovada como as técnicas de criopreservação.


2. Técnicas de Reprodução Assistida Pós-Tratamento

Se a preservação da fertilidade não foi realizada, não foi suficiente, ou se a paciente decide tentar a gravidez após a conclusão do tratamento oncológico, as técnicas de reprodução assistida podem ser indicadas:

  • Fertilização in Vitro (FIV): É a técnica mais utilizada. Envolve a coleta de óvulos (se a paciente ainda tiver reserva ovariana), a fertilização em laboratório com espermatozoides e a transferência dos embriões para o útero. Mesmo com uma reserva ovariana reduzida, a FIV pode ser uma opção.

  • Uso de óvulos doados (Ovodoação): Para pacientes que não têm mais óvulos viáveis devido ao tratamento oncológico, a ovodoação é uma excelente alternativa. Óvulos de doadoras jovens e saudáveis são fertilizados com o sêmen do parceiro (ou de um doador) e os embriões resultantes são transferidos para o útero da paciente. As taxas de sucesso com óvulos doados são geralmente altas, independentemente da idade da receptora, uma vez que a qualidade do óvulo é o fator mais determinante para o sucesso.


Embriões: Euploide, Mosaico e Aneuploide


Pontos Importantes a Considerar na Jornada Pós-Câncer

Além das opções de tratamento, outros fatores cruciais devem ser cuidadosamente avaliados:

  • Tempo de Espera: Em muitos casos, é recomendado um período de espera após a conclusão do tratamento oncológico antes de tentar a gravidez. Este período permite a recuperação do corpo e a redução do risco de recorrência da doença, além de garantir que não haja impacto da gravidez na progressão do câncer. A duração desse período deve ser discutida com o oncologista.

  • Saúde Uterina: Alguns tratamentos, como a radioterapia pélvica, podem afetar a receptividade do útero e a capacidade de manter uma gravidez. Nesses casos, uma avaliação cuidadosa da saúde uterina é fundamental.

  • Aconselhamento Genético: Dependendo do tipo de câncer e do histórico familiar, pode ser aconselhável procurar aconselhamento genético antes da concepção para entender quaisquer riscos hereditários potenciais para a prole.

  • Suporte Psicológico: A jornada para a gravidez após o câncer pode ser emocionalmente desafiadora. O suporte psicológico é crucial para ajudar a lidar com a ansiedade, o medo da recorrência e as expectativas, garantindo o bem-estar emocional da paciente.


Na SEMEAR fertilidade 💛, acreditamos que, com uma avaliação completa e um plano de tratamento personalizado, muitas pacientes podem alcançar o sonho da maternidade após o tratamento oncológico. Entendemos a complexidade e a delicadeza de cada caso, e por isso, a importância de abordarmos cada etapa com o máximo de informação e empatia.



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