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Azoospermia: O que fazer após o diagnóstico?

Foto do escritor: SEMEAR fertilidadeSEMEAR fertilidade

Receber o diagnóstico de azoospermia, ou seja, a ausência de espermatozoides no sêmen, pode ser desafiador para muitos casais que sonham em ter filhos. No entanto, a medicina reprodutiva oferece alternativas para superar essa dificuldade. Após o diagnóstico, o próximo passo é entender a causa da azoospermia e definir as estratégias mais adequadas para o tratamento.


A azoospermia pode ser causada por obstruções no sistema reprodutor masculino ou por falhas na produção de espermatozoides. O médico responsável realizará uma avaliação detalhada para diferenciar essas condições. Nos casos de azoospermia obstrutiva, o problema ocorre em estruturas como os ductos deferentes ou na próstata, dificultando a saída dos espermatozoides; um exemplo comum é quando o homem se submete a uma vasectomia. Já na azoospermia não obstrutiva, a dificuldade está na produção de espermatozoides pelos testículos, o que acontece em homens que estão usando anabolizantes androgênicos (injetando testosterona).


Análise Genética de Embriões de Óvulos Doados

Exames são essenciais

Para entender melhor a situação, exames complementares são essenciais. Exames hormonais ajudam a avaliar os níveis de FSH, LH e testosterona, que são fundamentais para a produção de espermatozoides. Além disso, a análise genética, como o cariótipo e a pesquisa de microdeleções no cromossomo Y, pode identificar alterações cromossômicas que interferem na fertilidade masculina. O histórico clínico e o exame físico do paciente também são indispensáveis para esclarecer possíveis fatores associados à azoospermia.


Embriões: Euploide, Mosaico e Aneuploide

O tratamento depende da causa

Se for um problema obstrutivo, como na vasectomia, pode-se realizar procedimentos invasivos para se obter espermatozoides de pontos antes da obstrução. A forma mais usualmente realizada é através da punção por agulha fina do epidídimo (PESA) ou do testículo (TESA), com boas chances de sucesso, usualmente, melhores que 80%. Em casos selecionados, ou com falha destes procedimentos mais simples, pode-se optar pela biópsia de fragmentos do testículo (TESE ou Micro-TESE, esta última com auxílio de microscópio).


Nos casos de parada de produção, é importante checar a causa, pois os procedimentos invasivos nestes casos tem uma taxa de sucesso bem mais baixa (< 40%). Por exemplo, se for um problema na estimulação do testículo, como a que ocorre com uso de anabolizantes, é importante parar com o uso. Além disso, podemos tentar aumentar o estímulo hormonal ao testículo com uso de algumas medicações, orais, como clomifeno, tamoxifeno e letrozol ou até injetáveis, como FSH e hCG. Estas intervenções ajudarão na produção de espermatozoides, entretanto é importante entender que a resposta é lenta, até porque o tempo de produção do espermatozoide é de 3 meses, ou seja, não haverá resultado antes de 3-6 meses. Já se o problema for dano tecido do testículo, normalmente o que sobrou do tecido está sendo bastante estimulado, mas ele é incapaz de produzir espermatozoides de forma adequada, nestes casos acaba sendo bem mais difícil reverter o problema.


Embriões: Euploide, Mosaico e Aneuploide

Se não for possível obter espermatozoides próprios, o uso de sêmen doado pode ser uma alternativa para concretizar o sonho de formar uma família. Essa decisão exige um diálogo aberto com o médico e, muitas vezes, apoio psicológico para lidar com as emoções envolvidas.

É essencial que o casal confie na equipe médica, se sinta acolhido e receba todo o suporte necessário durante o processo. A jornada pode ter desafios, mas com persistência e acompanhamento adequado, é possível superar os obstáculos e alcançar o sonho da paternidade.



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