É Comum Não Conseguir Embriões Viáveis na FIV? Entenda o Processo e as Chances na SEMEAR fertilidade
- SEMEAR fertilidade

- há 4 dias
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Olá! Uma das maiores dúvidas e preocupações para quem passa por um tratamento de Fertilização In Vitro (FIV) é sobre a formação e a qualidade dos embriões. É comum questionar: "É possível que não se consiga embriões viáveis para transferência ou congelamento?"
Na SEMEAR fertilidade 💛, queremos ser transparentes e acolhedoras, explicando que, sim, isso pode acontecer, e é parte da complexidade do processo biológico.
O desenvolvimento embrionário é uma jornada delicada e complexa, que envolve diversas etapas. A interrupção em qualquer uma delas pode levar à não formação de um embrião viável, ou seja, com potencial para resultar em uma gravidez.

A Complexidade do Desenvolvimento Embrionário: Etapas e Taxas Esperadas
Para entender melhor, vamos detalhar as etapas e as taxas de sucesso esperadas em cada fase do desenvolvimento embrionário em laboratório:
1. Captação de Óvulos: Nem Todo Folículo Tem um Óvulo
A jornada começa com a captação dos óvulos. É importante saber que nem todos os folículos (as pequenas bolsas nos ovários) puncionados contêm óvulos. A taxa média de obtenção de óvulos por folículo maior que 10 mm é de aproximadamente 60%, mas essa taxa pode variar bastante, de 0% a 100%, entre diferentes pessoas.
2. Fertilização: O Encontro Essencial
Após a captação, os óvulos maduros são fertilizados com os espermatozoides (seja por FIV convencional ou ICSI - Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides). Mesmo entre os óvulos maduros, nem todos fertilizam corretamente (formando os dois pronúcleos - 2PN, que indicam a fertilização bem-sucedida). Podemos observar óvulos que não fertilizam ou que apresentam fertilização anormal.
3. Desenvolvimento Embrionário: A Seleção Natural em Laboratório
Dos óvulos fertilizados, nem todos se desenvolvem adequadamente nas etapas seguintes:
D2 (Dia 2): Neste dia, avaliamos o número de embriões com desenvolvimento desejável (geralmente com 4 células ou mais) e aqueles com desenvolvimento mais lento (com 3 células ou menos) ou que não clivaram (não se dividiram).
D3 (Dia 3): Esperamos que os embriões tenham entre 6 e 8 células para serem considerados com bom desenvolvimento. É um estágio crucial para a avaliação de qualidade (simetria e fragmentação).
D5/D6 (Dia 5 ou 6 - Estágio de Blastocisto): Somente uma parte dos embriões que chegaram ao D3 consegue evoluir para o estágio de blastocisto. Neste estágio, os embriões são classificados pela qualidade de sua massa celular interna (que formará o bebê) e trofoectoderma (que formará a placenta), que são importantes para a implantação. Apenas os blastocistos de boa qualidade são considerados viáveis para transferência ou congelamento.

Fatores que Influenciam a Obtenção de Embriões Viáveis
A taxa de desenvolvimento até blastocisto e, consequentemente, a obtenção de embriões viáveis, depende de diversos fatores, sendo os principais:
Idade da Paciente: A idade afeta diretamente a qualidade dos óvulos. Mulheres mais jovens tendem a ter óvulos com maior potencial de desenvolvimento.
Qualidade do Sêmen: A qualidade dos espermatozoides é fundamental para a fertilização e para o desenvolvimento embrionário saudável.
Saúde Geral do Casal: Condições de saúde subjacentes podem influenciar a qualidade dos gametas e o ambiente uterino.
Observamos que a chance de sucesso da FIV varia significativamente com a idade da pessoa que produz os óvulos e o número de óvulos obtidos. Por exemplo, a chance de conseguir um filho varia de 2% (para mulheres de 41-42 anos com 1 a 5 óvulos) a 85% (para mulheres com menos de 35 anos e mais de 20 óvulos).
A Importância da Persistência e do Acompanhamento Médico
É fundamental compreender que não é incomum ter uma proporção de óvulos que não se fertilizam ou embriões que não se desenvolvem até o estágio viável. Este é um processo de seleção natural que ocorre também em gestações espontâneas.
Na SEMEAR fertilidade 💛, nosso compromisso é com a otimização de cada etapa. Continuar tentando de forma racional, sempre buscando otimizar as condições e entender os resultados de cada ciclo, é um caminho importante. Cada ciclo nos traz informações valiosas que podem ser usadas para ajustar o plano de tratamento.











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