Testosterona e FIV: Benefícios e Cuidados no Tratamento
- SEMEAR fertilidade

- 15 de set.
- 2 min de leitura
No universo da reprodução assistida, diversas estratégias são investigadas para otimizar as chances de sucesso. Uma delas é o uso da testosterona antes da captação de óvulos, também conhecida como "priming" com andrógenos. Essa abordagem tem gerado muitas dúvidas e esperanças, especialmente em pacientes com baixa reserva ovariana. Na SEMEAR fertilidade 💛, queremos explicar o que a ciência nos diz sobre esse tema.

O Papel da Testosterona (Andrógenos) na Fertilidade Feminina e na FIV
A testosterona, embora seja o principal hormônio masculino, está presente em pequenas quantidades no corpo feminino e desempenha funções importantes. Na reprodução assistida, a teoria por trás do seu uso se baseia na ideia de que os andrógenos (como a testosterona) podem ter um papel na fase inicial do desenvolvimento folicular dentro do ovário.
Ao aumentar os níveis de testosterona antes da estimulação ovariana, o objetivo é:
Promover o recrutamento: Estimular um maior número de folículos que estavam "adormecidos" a iniciar seu crescimento.
Apoiar o crescimento: Favorecer o desenvolvimento de mais folículos antrais, que são aqueles que contêm os óvulos e que responderão aos medicamentos da estimulação ovariana.
Essa estratégia busca, em tese, otimizar a resposta dos ovários, especialmente em mulheres que historicamente produzem poucos óvulos.

Potenciais Benefícios e Limitações do "Priming" com Testosterona
Alguns estudos e experiências clínicas sugerem que o uso de testosterona antes do tratamento pode, em certos casos, levar a um aumento no número de óvulos coletados em ciclos subsequentes de FIV. Um maior número de óvulos pode, por sua vez, aumentar a chance de se obter mais embriões e, consequentemente, elevar a chance de sucesso do tratamento.
No entanto, é crucial realçar que:
Evidência Científica Limitada: A evidência científica robusta sobre o benefício claro e consistente da testosterona pré-captação ainda é limitada. Há estudos com resultados variados, e nem todos demonstram um aumento significativo nas taxas de nascidos vivos. Isso significa que, embora promissora em alguns casos, não é uma solução universalmente comprovada para todas as pacientes.
Efeitos Colaterais: O uso de testosterona pode ter efeitos colaterais. Os mais comuns incluem acne, oleosidade da pele e crescimento de pelos (hirsutismo). Em casos mais raros, podem ocorrer alterações na voz. É fundamental que o uso seja sempre monitorado por um médico.
Forma de Tratamento: O tratamento geralmente envolve o uso de gel ou adesivo de testosterona por algumas semanas antes do início da estimulação ovariana, seguindo um protocolo específico.
A Decisão é Sempre Individualizada: Converse com Seu Médico
A decisão de utilizar a testosterona como "priming" é complexa e deve ser sempre individualizada, discutida abertamente com seu médico especialista em reprodução assistida. Ele avaliará seu histórico clínico, sua reserva ovariana, os resultados de ciclos anteriores e os potenciais riscos e benefícios para o seu caso específico.
Na SEMEAR fertilidade 💛, nosso compromisso é oferecer as abordagens mais avançadas e seguras, sempre com base nas melhores evidências científicas e no cuidado personalizado para a sua jornada.











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