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Gestação Molar: Como Prevenir em uma FIV? Entenda na SEMEAR fertilidade

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    SEMEAR fertilidade
  • 9 de ago.
  • 3 min de leitura

A gestação molar é uma complicação rara da gravidez que pode gerar muitas dúvidas e preocupações. É natural questionar como essa condição ocorre e, principalmente, se há formas de preveni-la, especialmente para quem está em um tratamento de Fertilização In Vitro (FIV). Na SEMEAR fertilidade 💛, estamos aqui para esclarecer esse tema com informação e acolhimento.


Embriões: Euploide, Mosaico e Aneuploide

O Que é a Gestação Molar?

A gestação molar, também conhecida como mola hidatiforme, é uma complicação rara da gravidez que ocorre devido a um crescimento anormal de células trofoblásticas (que normalmente formariam a placenta). Em vez de um desenvolvimento embrionário normal, forma-se um tipo de tumor gestacional. Existem dois tipos principais:


  1. Mola Hidatiforme Completa:

    • Nesse caso, todo o material genético vem do pai. Isso geralmente acontece quando dois espermatozoides fertilizam um óvulo que não possui material genético materno, ou quando um único espermatozoide se duplica.

    • Não há formação de feto ou tecido fetal normal.


  2. Mola Hidatiforme Parcial:

    • Ocorre quando um óvulo normal (com material genético materno) é fertilizado por dois espermatozoides, resultando em um embrião com um conjunto cromossômico triplo (triploidia).

    • Pode haver algum desenvolvimento de tecido fetal, mas ele é anômalo e inviável para uma gestação saudável.


Prevenção da Gestação Molar em um Ciclo de FIV

Acreditamos que a principal forma de prevenir ou identificar o risco de gestação molar em um ciclo de FIV está relacionada ao controle genético dos embriões. É importante lembrar que a prevenção total nem sempre é possível, pois a ocorrência é multifatorial, mas podemos adotar estratégias para minimizar os riscos:


1. PGT para Aneuploidias (PGT-A): A Ferramenta Genética


  • Como discutimos em outros conteúdos, o PGT-A (Teste Genético Pré-Implantacional para Aneuploidias) analisa o número de cromossomos nos embriões. Ao transferir apenas embriões euploides (com o número correto de cromossomos), reduzimos o risco de transferir embriões com:

    • Triploidia: Que pode levar à mola parcial.

    • Ausência de material genético materno: Que pode levar à mola completa.


  • Pensamos que o PGT-A é a ferramenta mais direta para identificar anomalias cromossômicas que poderiam predispor à gestação molar, selecionando embriões geneticamente normais para a transferência.


2. Qualidade do Espermatozoide: Um Fator Importante


  • A mola parcial, em particular, está associada à fertilização por dois espermatozoides (poliespermia). Embora a FIV com Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI) seja projetada para injetar apenas um espermatozoide por óvulo, a ocorrência de poliespermia ainda pode ocorrer em raras situações, mesmo com ICSI.


  • A avaliação da qualidade do sêmen é sempre realizada, e a escolha da técnica de fertilização (FIV convencional ou ICSI) é feita com base nas características do óvulo, do sêmen e de resultados de ciclos anteriores, visando a melhor fertilização e minimizando riscos.


3. Avaliação da Qualidade do Óvulo: O Papel Materno

  • No caso da mola completa, onde o óvulo não tem material genético materno, é uma anomalia na formação do óvulo. Não há uma forma rotineira de prever isso antes da fertilização.


  • No entanto, a seleção de óvulos morfologicamente normais pelo embriologista minimiza a transferência de óvulos com anomalias grosseiras, que poderiam estar associadas a esse tipo de problema.


Embriões: Euploide, Mosaico e Aneuploide

Considerações Importantes e o Aconselhamento Médico


É importante realçar que, mesmo com todas as precauções e o uso de PGT-A, a gestação molar é um evento biológico complexo e, em casos muito raros, pode ocorrer mesmo com embriões geneticamente triados. A incidência de gestação molar é relativamente baixa na população geral e também em ciclos de FIV.


Sugerimos que você discuta com seu médico as opções de rastreamento genético, como o PGT-A, e outras estratégias que possam ser adequadas ao seu histórico e riscos individuais, para otimizar a segurança e o sucesso do seu tratamento.



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