Istmocele e FIV: Entenda a Influência na Transferência de Embriões
- SEMEAR fertilidade

- 23 de set.
- 2 min de leitura
É natural que, após uma cesariana, surjam dúvidas sobre como a cicatrização interna do útero pode influenciar uma futura gravidez. A istmocele, também conhecida como "nicho" na cicatriz da cesárea, é uma condição que gera muitas perguntas.
Na SEMEAR fertilidade 💛, estamos aqui para esclarecer o que é, seu impacto na Fertilização In Vitro (FIV) e quais os caminhos para o tratamento.

O Que é Istmocele?
A istmocele é uma pequena falha na cicatrização da parede do útero, no local onde foi feita a incisão em uma cesariana anterior. Isso forma uma espécie de "bolsa" ou um defeito na camada muscular do útero (o miométrio). Essa bolsa pode ter diferentes tamanhos e, em alguns casos, reter líquido.
Como a Istmocele Afeta a Jornada para a Gravidez?
A presença de uma istmocele pode, em alguns casos, atrapalhar tanto o procedimento de transferência quanto a implantação do embrião. Os principais mecanismos são:
1. Dificuldade na Transferência do Embrião:
Durante a transferência, o cateter que leva o embrião precisa ser posicionado delicadamente no local ideal dentro da cavidade uterina. A istmocele pode criar um "falso caminho", e o cateter pode ser acidentalmente direcionado para dentro dessa bolsa. Além disso, o acúmulo de líquido no local pode dificultar a visualização correta do trajeto pelo ultrassom, tornando o procedimento mais desafiador.
2. Interferência na Implantação do Embrião (O Fator Mais Importante):
A "bolsa" formada pela cicatriz defeituosa pode acumular sangue do período menstrual, muco e outros fluidos. Esse conteúdo líquido pode, em alguns momentos do ciclo, refluir para a cavidade uterina principal, gerando dois problemas:
Ambiente Líquido: Um embrião precisa de um endométrio "seco" e receptivo para se fixar. A presença constante ou intermitente de fluido na cavidade uterina pode literalmente "lavar" o embrião ou impedir sua adesão ao endométrio, reduzindo as chances de implantação.
Inflamação Crônica: O fluido retido pode causar uma inflamação crônica no endométrio (uma endometrite crônica), criando um ambiente bioquimicamente hostil para a implantação e o desenvolvimento inicial do embrião.

Diagnóstico e as Opções de Tratamento
O diagnóstico da istmocele geralmente é feito por meio de um ultrassom transvaginal detalhado, que pode ser complementado com a infusão de soro no útero (histerossonografia) para visualizar melhor o defeito.
É fundamental saber que nem toda istmocele causa problemas ou necessita de tratamento. A decisão de intervir depende do tamanho do defeito, da quantidade de líquido acumulado e do histórico do casal, como falhas de implantação anteriores.
Para os casos em que se acredita que a istmocele esteja impactando negativamente, existem opções de tratamento:
Dilatação do canal endocervical: Uma abordagem que minimiza o risco de uma transferência difícil ou do acúmulo de líquido neste local.
Correção cirúrgica: Para os casos que não melhoram com a dilatação do canal endocervical, a cirurgia pode ser a melhor opção.
Na SEMEAR fertilidade, realçamos que a identificação e o tratamento de condições como a istmocele se alinham com nossa missão de otimizar os resultados, preparando a "casa" do embrião para que ele possa se implantar com sucesso.











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